SÃO PAULO - Em dez anos, o pagamento de assistência médica a colaboradores trará um impacto de 13% ao custo das empresas. Se comparada ao gasto atual, avaliado em 10,4%, a evolução da despesa será de 25,2% no período, conforme apontam os dados da 24ª Pesquisa Anual de Benefícios Corporativos da Mercer Marsh 2012, divulgada ontem (5), em São Paulo.
De acordo com o estudo, que revela as principais práticas e tendências dos benefícios de assistência médica, seguro de vida e de benefícios farmacêuticos praticados pelas companhias do País e do mundo, a evolução do custo ainda se manterá pelos próximos anos, podendo chegar a um aumento de 56,7%, em 2032 frente ao valor atual.
“Enquanto em 2027 o custo das empresas com o pagamento do benefício será de 14,5%, em 2032 essa despesa será de 16,3%”, informa a pesquisa.
Impactos para as empresas
Mas será que todas as empresas serão igualmente impactadas? Ao que parece, não. Segundo os dados apurados, o aumento para cada companhia poderá variar de acordo com o peso da folha na estrutura total dos custos.
“No geral, a folha tende a variar de 7% na indústria a 70% nos serviços”, detalha o estudo.
Para o superintendente de benefícios da Mercer Marsh, Márcio Tosi, a razão desta diferença pode ser facilmente explicada.\"O peso da folha dos serviços é maior porque diferente da indústria, que fabrica algo, o setor de serviços não produz nada. Assim, quanto mais voltado para o setor de serviços uma companhia for, maior será o peso do benefício na folha\", diz o profissional, que acredita que o custo da assistência médica irá subir para todos, mas o que diferenciará uma empresa da outra, será o modo como as mesmas administrarão tal aumento.
Fonte: Infomoney – 06/09/2012