O empresário ao abrir uma
empresa, deve estar ciente da consulta de que sua maior missão é mantê-la,
então antes de qualquer gasto com finanças pessoais deve colocar a empresa em
primeiro lugar, ainda mais quando ela for sua principal fonte de renda.
É importante entender quais
são as necessidades da empresa, e principalmente quais são as suas também.
O primeiro passo, é abrir
uma conta jurídica, para que assim por qualquer razão, em algum momento, os
valores não se cruzem nem se misturem na mesma conta. Como empresário é
necessário saber que você não é dono do dinheiro da empresa. O dinheiro que
cabe ao empresário é aquele que o mesmo define previamente retirar como seus
rendimentos, a título de Pró-labore.
O ideal é que o empresário
se veja como um funcionário qualquer, que recebe salários, benefícios e, se for
o caso, participação nos lucros. Tudo isso de uma forma organizada e em datas
pré-determinadas.
Desta forma se cria uma cultura exata para controlar o seu dinheiro, não excedendo seus gastos para que assim não haja a necessidade de recorrer a empresa para atender as suas necessidades próprias, com saques fora do previsto. É necessário planejamento!
Por que é prejudicial a mistura de contas físicas e jurídicas?
A mistura de contas pode
prejudicar a contabilidade da empresa e o imposto de renda pessoal. A separação é
necessária para que não haja problemas fiscais. Sendo que o fisco pode entender
que a empresa deixou de pagar imposto sobre dinheiro que foi direto para a
pessoa física, ou que a empresa está fazendo pagamentos sem causa para a pessoa
física.
Misturando as despesas
físicas com as jurídicas você também perde o controle financeiro do seu
negócio. Não conseguindo analisar os resultados reais da sua empresa, o que
pode dificultar a tomada de decisões importantes, como o melhor momento para
realizar investimentos.
Saber exatamente quais são
os gastos da empresa é uma das tarefas que o empresário precisa realizar. O
controle das despesas fixas e variáveis muitos gestores fazem, porém, o processo
de redução de gastos acaba não utilizando nenhuma estratégia.
Para reduzir despesas é essencial fazer uma análise das que podem ser eliminadas ou diminuídas sem interferir na qualidade dos outros processos.
Como organizar as retiradas dos
Sócios.
Existem dois tipos de
modelos de retirada, a fixa (pró-labore) e a com premiação.
A premiação é a participação
nos lucros, que pode ser trimestral, quadrimestral, semestral ou anual. O mais
comum é utilizar a anual, assim como se organizam a maior parte das empresas.
Inclusive quando os
funcionários têm participação nos lucros.
Por que anual? Porque o
lucro pode ser instável, assim como o prejuízo. Por exemplo, se a empresa obtém
lucro em um trimestre, prejuízo no seguinte, e os sócios retiraram participação
nos lucros, isso pode gerar problemas de liquidez e fluxo de caixa.
Além disso, o ideal é
trabalhar em cima de uma retirada fixa, que é feita no início do exercício e
incluída no orçamento. Essa retirada deve ser planejada mês a mês de acordo com
a previsão de receitas e despesas orçamentárias, dessa forma se encaixará no
planejamento sem comprometer o fluxo de caixa.
Assim como funcionários a participação nos lucros dever servir como estímulo de produtividade para vencer desafios. É muito estimulante saber que quanto melhores forem os resultados maior será a recompensa.
Quais são as dicas para não
misturar finanças pessoais com despesas jurídicas?
1.Utilize contas bancárias distintas
A
separação de contas ajuda em diversos pontos:
·
Na administração de tudo que é
pago e recebido;
·
Na visualização de despesas
esporádicas: se em um determinado mês foi necessário comprar um computador para
a empresa, por exemplo, fica fácil identificar essa despesa;
·
Com essas duas contas, o gestor
visualiza quais os valores de cada investimento feito na empresa. Isso possibilita
a criação de um plano para redução de despesas, como dito anteriormente;
· A separação também simplifica a comprovação do faturamento, tornando mais simples a declaração do Imposto de Renda.
2.Possua dois cartões de crédito
Além de ter duas contas
bancárias é importante que você tenha um cartão de crédito pessoal e um
corporativo. Assim, sempre que for necessário comprar algo para a empresa
(materiais de escritório, computadores, pagar manutenção etc.), você usará o
cartão corporativo para analisar a fatura depois.
3.Determine o seu salário e dos sócios
Grande parte dos empresários
veem a definição do seu salário como um grande desafio.
Muitos até retiram a sua
remuneração conforme às suas necessidades.
Mas se todo o lucro for
parar no bolso do dono, a empresa fica sem capital de giro e verba para
investimentos (e reinvestimentos), o que prejudica o crescimento e até a
permanência da empresa no mercado. Por isso é tão importante calcular o
pró-labore.
O empresário deve receber
uma remuneração fixa que caiba no orçamento da empresa.
Logo esta é pré-determinada,
de modo que cada um possa planejar a sua vida durante o exercício financeiro.
O empresário pode ter
participação extra nos lucros, como fórmula de estímulo a perseguir os
resultados. Além de motivar seus funcionários a também fazê-lo, caso esse
estímulo se estenda aos mesmos.
4.Cadastre todas as suas retiradas além do pró-labore
Bom, às vezes o gestor
precisa tirar um dinheiro do caixa para pagar alguma coisa no âmbito pessoal.
Porém, é essencial que essas retiradas sejam cadastradas em uma plataforma de
gestão financeira.
Pois com isso, o relatório
gerado pela ferramenta irá mostrar essas retiradas e será fácil saber para onde
o dinheiro da empresa está indo exatamente.
Além disso, se o gestor
souber quanto retirou durante o mês, ele poderá subtrair do valor definido de
pró-labore mais rapidamente.
Lembre-se de que cuidar bem
da empresa e tratar de questões do orçamento familiar com responsabilidade é o
caminho para que os seus rendimentos aumentem no futuro. Tenha visão de longo
prazo e paciência. Aquela viagem às Ilhas Gregas pode ficar para o ano que vem,
a gestão correta dos negócios é para ontem.
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